16 novembro, 2007

É simples

A avó senta no chão da sala, para brincar com o neto.
Na hora de levantar, faz aquela manobra: segura no sofá, vira de lado, coloca um joelho no chão, apóia, coloca o outro, enfim, meia hora depois, conseguiu levantar.

O neto, só olhando tudo aquilo, chama:

- Vó, presta atenção - e em um salto rápido, do alto de seus 8 anos, está em pé - Entendeu como levanta? Você complica muito...

12 novembro, 2007

Fugir de Casa

Moro sozinha, e estou pensando em fugir de casa.

Quem, quando criança, não se revoltou "profundamente" com as pessoas que moravam na mesma casa que você, e quis fugir de casa? Eu me lembro que algumas vezes ficava muito, muito triste, como só uma criança pode ficar, e pensava em ir embora.

É verdade que eu não tinha muito definido o que exatamente era "ir embora". Eu me lembro que só pensava no quanto ficariam preocupados se eu não estivesse ali, e, portanto, iriam atrás de mim, ou seja, eu não tinha um destino, um lugar para onde ia, meu único objetivo era que alguém fosse me procurar, e conseqüentemente, o que me incomodava mudaria, pois eu fugi de casa por causa daquilo!

Analisando hoje, o que eu queria, nestes momentos, era somente atenção, ou talvez, impor a minha vontade. Porque não só meus pais iriam "me buscar de volta", como fariam tudo do jeitinho que eu queria, afinal, meu golpe tinha sido fatal...

Claro que eu nunca dei o golpe, nunca efetivamente fugi de casa, na verdade, nem desapareci por algumas horas escondida no quintal.


E você, já acreditou que fugir de casa resolveria seus problemas?

10 novembro, 2007

Continuidade

Eu estou com poucas lembranças da minha infância para compartilhar. No blog que eu iniciei há alguns anos atrás, eu recebia muitas colaborações, e então eu somava com as minhas, agrupava as parecidas, e diariamente eu tinha matéria para o blog.

Como agora eu tenho poucas colaborações e eu também tento manter este outro blog aqui, só pelo prazer de escrever, então estou pensando em unir os dois.

Vou escrever aqui coisas que acreditávamos quando crianças ou não. Vou escrever. E se você passar por aqui e ler, espero que goste.

Quando eu era criança, eu acreditava em diários, escrevia tudo para um dia reler e me lembrar como eu era, ou para "guardar para meus filhos". Eu não tive filhos, e nem mesmo guardei os diários, em algum momento da minha vida, precisei do espaço que eles ocupavam nos armários, mas agora, vou continuar com eles (os diários) aqui.